Representantes do UniFOA e da Biosolvit assinaram, neste mês de novembro um termo de colaboração para a realização de pesquisa e desenvolvimento nas instalações na universidade. Wagner Martins, biólogo e egresso do UniFOA e co-fundador da empresa desenvolveu um produto natural, a partir de resíduos vegetais, capaz de absorver petróleo e derivados. Essa pesquisa resultou no que hoje é o Absorvedor Natural Bioblue Ecofast, reconhecido como o mais eficiente do mundo pelo Instituto Cedre, da França. A parceria sela definitivamente uma história de sucesso e que certamente irá inspirar outros futuros profissionais:
“Estamos fazendo algo completamente novo no ambiente universitário valorizando muito a pesquisa cientifica junto a uma empresa que nasceu dentro do UniFOA e está ganhando o mundo, então isso está além da curva e está num modelo internacional da apropriação da produção científica”, declarou Eduardo Prado, presidente do UniFOA.
“Esse pontapé que demos hoje de poder apoiar outros alunos é fabuloso, é deixar um legado para as próximas gerações. É um orgulho. Meu sonho sempre foi atuar na área da Biotecnologia e o UniFOA foi a primeira universidade privada a ter Biotecnologia ligada à Biologia. Para nós isso foi muito importante. Além de eu ter a possibilidade de criar algo junto à minha orientadora que trabalhava aqui na época, Daniela Molinari e posteriormente, conseguir criar a Biosolvit.
Scale Up brasileira de biotecnologia aplicada ao desenvolvimento de novos materiais, fundada em 2014, a Biosolvit é a desenvolvedora do Absorvedor de petróleo e derivados 100% natural, mais eficiente e econômico que todos os concorrentes de mercado, cuja principal característica é a possibilidade de recuperação e reaproveitamento do material absorvido.
“Como eu era estudante do curso de Ciências Biológicas, precisava fazer estágio então fiz em uma empresa que trabalhava com materiais de contenção e absorção de óleo, foi quando eu conheci esse mundo. Só que todo absorvedor profissional até aquele momento, era derivado do próprio petróleo. O que o mundo faz hoje é uma retrocontaminação. Quando a gente cria um produto natural para fazer isso, que devolve o óleo depois de absorvido, a gente faz um material de ciclo fechado, que sempre foi a ideia que avaliamos nesses anos de pesquisa no UniFOA. Criamos um produto que faz bem para o meio ambiente, além dele ter uma maior capacidade de absorção, ele não contamina o meio, como os absorvedores de nível sintético que têm hoje no mercado”.
Em visita à universidade, Ana Catarina, diretora de produtos e inovação da Biosolvit, se impressionou com a estrutura, equipamentos e os laboratórios onde serão desenvolvidos os processos e pesquisas.
“Realmente tudo muito bem montado, não se compara a nenhuma universidade pública ao qual eu já passei e o que mais me impressionou e me deixou mais feliz de estar aqui hoje é a flexibilidade e a questão de pensar o novo. Em uma universidade pública isso não é fácil e aqui a gente conseguiu um campo fértil então isso fará toda a diferença.”
Guilhermo Queiroz, diretor executivo da Biosolvit fez questão de frisar a confiança na parceria e a liberdade de ideias que os alunos têm:
“A universidade (UniFOA) deu liberdade, deixou o fluxo acontecer e é justamente essa atitude de deixar com que os alunos determinem para onde eles querem levar suas tecnologias é que vai fazer a transformação que a gente espera, porque um aluno que é dono da sua tecnologia, que constrói através daquela tecnologia a presença dentro de uma companhia como o Wagner, que hoje é sócio da Biosolvit, é aquele que é dono do próprio destino, é o que não vai embora, o que não vende sua tecnologia para uma grande multinacional e que não aceita 50 mil dólares para pagar pela pesquisa. Aqui estamos gerando divisa para o nosso país e fazendo as coisas acontecerem. Isso é biocolaboração.