No último dia 8 de outubro, o Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA) sediou uma palestra informativa sobre o Outubro Rosa e a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. O evento foi organizado pelas Ligas Acadêmicas de Radiologia e Medicina do Trabalho, em parceria com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA+A). O objetivo foi conscientizar os funcionários sobre a relevância do diagnóstico precoce e apresentar inovações no tratamento da doença.
A palestra abordou métodos tradicionais de detecção, como mamografias e autoexames, além de destacar campanhas de conscientização que incentivam a realização regular desses exames. Também foi apresentado o teste genético, uma ferramenta promissora para a detecção do câncer de mama.
O câncer de mama é um dos tipos de tumor mais comuns e uma das principais causas de morte entre mulheres em todo o mundo. Um dos fatores que mais influenciam o risco de desenvolvimento da doença é a presença de casos no histórico familiar. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 10% dos casos de câncer são hereditários. Nesse contexto, a realização de um teste genético para câncer de mama pode desempenhar um papel importante no rastreamento e diagnóstico precoce.
A palestra contou com a presença de Daniel Machado, médico oncologista e professor no UniFOA, que destacou a relevância do diagnóstico precoce na luta contra o câncer de mama. Ele comentou sobre os avanços e a novidade dos testes genéticos: “Com os avanços na medicina, o sequenciamento genético se destaca como uma ferramenta poderosa para entender e combater a doença, oferecendo esperança para milhões de mulheres”, afirmou.
O sequenciamento genético permite identificar mutações específicas associadas ao câncer de mama, como os genes BRCA1 e BRCA2 (sigla em inglês de Breast Cancer Gene 1 e 2), os principais analisados durante a avaliação. O exame é simples, feito através da coleta de sangue e pode ser realizado em qualquer laboratório de genética, a partir do encaminhamento do ginecologista. Atualmente, o teste ainda não está disponível na rede pública de saúde; no entanto, a tendência é que, quanto mais divulgado, mais acessível à população se torne.
Por ser um tema pouco abordado em campanhas e palestras sobre Outubro Rosa, a palestra despertou grande interesse entre os colaboradores presentes. Para Beatriz Henriques, funcionária do departamento de relacionamento e serviços do Clube+UniFOA, “é um assunto muito importante, ainda mais se tratando sobre um estudo de sequenciamento genético, que envolve não apenas as mulheres, mas também os homens. Foi um tema inovador, porque geralmente, quando o assunto é Outubro Rosa, todas as palestras falam do mesmo segmento”.
O evento no UniFOA não apenas proporcionou informações valiosas sobre o câncer de mama, mas também uniu estudantes e profissionais em torno de um tema crucial. Gustavo Costa, estudante do quinto período de medicina e presidente da liga de radiologia, ressalta: “Trouxemos esse evento como uma forma de prevenção, autocuidado e conscientização, além de oferecer informações que muitos não têm acesso de forma simples. Queremos que as pessoas saiam daqui com, pelo menos, um leve conhecimento sobre o que é necessário fazer e entender sobre o diagnóstico do câncer de mama”.
Com o avanço das tecnologias de diagnóstico, como o sequenciamento genético, e a contínua luta pela conscientização sobre o diagnóstico precoce, a esperança é que mais vidas sejam salvas. A realização do teste genético não apenas ajuda a diagnosticar a doença, mas também permite personalizar o tratamento, oferecendo opções mais eficazes para cada paciente.