No ambiente educacional, é crucial que os professores não apenas dominem o conhecimento teórico e prático de suas disciplinas, mas também saibam transmiti-los de maneira eficaz e não violenta. Com esse objetivo, o Centro de Aprendizagem e Inovação Pedagógica (CAIP) do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA) organiza programas de formação continuada para seus docentes, promovendo a discussão de temas relevantes e emergentes. Essas formações buscam capacitar os educadores para elaborar atividades baseadas em objetivos de aprendizagem, utilizando diversas ferramentas e metodologias que incentivem a participação ativa dos estudantes, além de estimular a reflexão crítica e inovadora.
Entre as diversas oportunidades de formação oferecidas pelo CAIP, destaca-se a oficina de comunicação não violenta (CNV), ministrada pelo professor Edilberto Venturelli, dos cursos de Publicidade e Propaganda e Jornalismo. A oficina teve como objetivo ampliar os horizontes dos docentes através de dinâmicas leves e inspiradoras, visando a incorporação da CNV na formação dos futuros profissionais.
Edilberto Venturelli explicou que a comunicação não violenta é um método desenvolvido pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg, que busca promover relações mais compassivas e empáticas. “A CNV foca em uma expressão honesta e na escuta empática, utilizando quatro componentes: observação, sentimento, necessidade e pedido. Esse estilo de interação encoraja a expressão clara e a compreensão mútua, evitando julgamentos e acusações para promover um diálogo que atende às necessidades de todas as partes envolvidas”, afirmou Edilberto. Ele também ressaltou a importância do autoconhecimento na aplicação dessa metodologia: “Precisamos nos conhecer profundamente para entender como estamos tentando ensinar determinados temas e identificar em quais aspectos precisamos melhorar nosso ensino para os estudantes.”
A oficina incluiu uma dinâmica interativa em que os professores receberam frases de comunicação violenta e as transformaram em frases de comunicação não violenta, aplicando os conceitos discutidos. “Quando fazemos uso da comunicação não violenta, o receptor da mensagem se torna automaticamente mais aberto ao conteúdo que está sendo transmitido”, enfatizou Edilberto.
A professora Maria das Graças, responsável pelo CAIP, destacou a importância da oficina para a formação continuada dos educadores. “Além das competências na área de formação, o professor deve estar qualificado para o exercício da cidadania, capaz de atuar criticamente na realidade em que se encontra inserido, preocupado com a inclusão social e a sustentabilidade ambiental, aberto às relações pessoais, à diversidade, ao diálogo e à convivência. Ao desenvolver a habilidade da comunicação não violenta, os docentes criam um ambiente de diálogo, promovem a resolução de conflitos e possibilitam um espaço de ensino mais acolhedor e colaborativo”, explicou Maria das Graças.
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