O câncer é uma doença complexa que abrange mais de 100 tipos diferentes de malignidades. Essas condições resultam do crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos à distância, causando danos profundos. As células cancerosas se multiplicam rapidamente e tendem a ser agressivas e incontroláveis, levando à formação de tumores que podem se espalhar para outras partes do corpo.
Os fatores associados ao aumento da possibilidade do desenvolvimento de qualquer tipo de câncer são, em maioria, externos, como ambientais, do próprio indivíduo, dialéticos e comportamentais.
São esperados 704 mil casos novos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025. As regiões Sul e Sudeste concentram cerca de 70% da incidência. Essa estimativa é baseada em análises globais sobre a magnitude e a distribuição dos principais tipos de câncer por sexo, considerando o país como um todo, suas regiões geográficas, estados, capitais e o Distrito Federal.
A partir disso, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA+A) da Fundação Oswaldo Aranha (FOA) organizou uma palestra para conscientizar a todos da instituição sobre a prevenção dessas doenças por meio da alimentação e realização de atividades físicas. O evento fez parte da conscientização do mês de abril em relação à saúde dentro do ambiente de trabalho e reuniu os funcionários no Centro Histórico Cultural Dauro Aragão, no campus Universitário Olezio Galotti, em Três Poços.
A má alimentação é um dos principais fatores que podem potencializar o risco do desenvolvimento do câncer no indivíduo. De acordo com A.C. Camargo Cancer Center, as pessoas que apresentam o alto consumo de alimentos ultra processados aumentam em 7% o risco do câncer em geral, 25% as chances de câncer no pulmão, 52% no cérebro e em 63% a chance de linfoma quando comparados com indivíduos que não ingerem com frequência esses alimentos.
Outros fatores como a falta de atividades físicas também podem acarretar no desenvolvimento da doença a longo prazo. De acordo com Patrícia Cortêz, nutricionista da policlínica e responsável pelo Clube FOA e palestrante convidada para falar sobre o assunto, o sedentarismo aumenta ainda mais as chances de desenvolver a enfermidade e que, por isso, a alimentação correta e a prática mínima de exercícios são primordiais para a prevenção do câncer:
“A alimentação adequada e a prática de atividades físicas são indispensáveis para a prevenção de qualquer doença, mas principalmente do câncer. O impacto dessa atividade de hoje é exatamente esse, mostrar para o público presente sobre atitudes simples que ajudam a proteger o nosso corpo, além de nos deixarem saudáveis”, afirmou Patrícia.
O papel da CIPA+A é justamente atuar diretamente na prevenção de acidentes e doenças que podem ser decorrentes do trabalho, para alinhar o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Os membros da comissão observam e relatam as condições de riscos dessas ocorrências, solicita medidas para reduzir, eliminar e neutralizar estes riscos, tal qual em iniciativas como a palestra acerca da importância da saúde no trabalho:
“Graças a essa palestra me sinto mais fortalecida e esclarecida sobre o que realmente é ideal para a minha alimentação e saúde. Às vezes pensamos que estamos agindo corretamente, mas iniciativas como essa servem para, justamente, nos direcionar para o melhor caminho a fim de uma vida mais saudável”, declarou Beatriz Amarante, funcionária do setor de relacionamentos e serviços da Fundação Oswaldo Aranha, se sentindo conscientizada e satisfeita com todo o conhecimento obtido na ocasião.