Assimilar bem os conteúdos é essencial para um processo de aprendizagem eficaz. No entanto, essa tarefa pode se tornar desafiadora quando é preciso conciliar diferentes rotinas ou lidar com uma grande quantidade de informações simultaneamente. Nesses casos, uma solução eficiente pode estar nas técnicas de memorização.
Você provavelmente já ouviu falar de algumas dessas técnicas, ou até as utilizou sem perceber. A grande vantagem de adotar esses métodos é que eles ajudam a aumentar a produtividade durante os estudos, permitindo que você absorva o conteúdo de forma mais eficiente e obtenha melhores resultados.
Mas, afinal, qual técnica de memorização é a mais eficaz? Para ajudá-lo nessa escolha, preparamos uma lista com 9 opções que podem se adaptar ao seu perfil e estilo de estudo. Confira e descubra a melhor técnica para você!
1. Palácio da memória
Esse método era usado com frequência por oradores gregos e romanos que precisavam gravar discursos na mente. Ele consiste em imaginar um espaço construído e decorado com vários detalhes requintados.
Depois, para cada elemento presente no local, você deve indicar uma palavra a ser memorizada. Confira um exemplo com os planetas do sistema solar:
- lustre = sol;
- velas do lustre = mercúrio;
- lareira = vênus.
Nesse caso, você saberá que mercúrio é o planeta mais próximo do sol, embora o mais quente seja vênus (pois tem uma atmosfera densa que retém o calor, representado pelo símbolo da lareira). Legal, né? Dá para fazer muitas associações em um palácio imaginário e personalizar usando a sua criatividade.
2. Acrônimos
Esses recursos podem ajudar você a ter produtividade na hora de memorizar conjuntos ou grupos de coisas. O objetivo é reunir apenas as iniciais das palavras que precisam ser lembradas, a fim de compor um único termo.
Um bom exemplo de acrônimo é LIMPE, que traz as primeiras letras dos cinco princípios da administração pública: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Esse modelo difere das siglas porque sua pronúncia ocorre na forma de leitura silábica, sem soletrar, como se fosse uma palavra normal.
3. Acrósticos
Bastante comuns nas escolas, os acrósticos também entram na lista de técnicas de memorização por serem fáceis de produzir. Trata-se de uma forma de escrita que utiliza a letra de um termo base para compor versos ou poemas relacionados ao mesmo assunto.
Esse modelo costuma ser disposto e lido na vertical, mas não há regra. O importante é conseguir pensar na frase e associar as letras iniciais de cada palavra a coisas que precisam ser memorizadas (países, espécies do reino animal, elementos da tabela periódica etc.).
Um exemplo simples: para gravar os nomes dos estados da região sul, você usaria o verso “Ponte Sem Rumo”. As iniciais representam Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no sentido do norte ao sul. Para facilitar ainda mais, imagine que está sem rumo porque depois do RS não há mais território brasileiro.
4. Associações visuais
Já pensou em ir além das palavras e cálculos para gravar coisas na memória? As associações visuais funcionam em várias situações e podem ser inclusas em sua rotina de aprendizado. A proposta é relacionar conceitos, fórmulas e outros recursos a imagens específicas.
O ideal é que os símbolos façam sentido e tenham um elo com o termo a ser lembrado. Vale desde manter um caderno organizado, com figuras e desenhos, até cartões fixados na parede do seu local de estudo. Quanto mais expostas as imagens estiverem, mais chances você terá de observá-las diariamente, reforçando a associação e agilizando o processo de fixar informações.
5. Mnemônica
Engloba técnicas de memorização já citadas, como os acrósticos e acrônimos. Isso porque trabalha com símbolos, palavras, gráficos, frases, esquemas e demais recursos. Todas as informações usadas no método devem ter alguma relação com o conteúdo que você pretende memorizar.
A técnica mnemônica busca associar ideias e fatos difíceis de reter a coisas mais menos complexas para facilitar a aprendizagem. As paródias são bons exemplos porque contam com o poder de músicas já conhecidas. Assim, ao acrescentar termos ou conceitos à melodia original, o estudante consegue guardar um registro completo de novas informações em sua cabeça.
6. Resumos à mão
Na era digital, poucos continuam fazendo anotações de próprio punho. Acontece que essa é uma excelente prática para favorecer a memorização de palavras e outros itens importantes. O motivo? Ao escrever com lápis ou caneta, tendemos a prestar mais atenção naquilo que será passado para o papel.
Essa tática ajuda a selecionar apenas o que importa para compor um texto compreensível e de qualidade. O cuidado com a caligrafia também faz com que nos dediquemos 100% ao processo. Portanto, faça cada vez mais o exercício de elaborar resumos e tópicos à mão.
7. Flashcards
Nem sempre é fácil lembrar de coisas que estão “armazenadas” na mente. Às vezes, é necessário passar as informações para algo concreto, como uma planilha ou caderno. Muita gente faz isso no dia a dia, seja para manter a organização financeira, seja para planejar atividades profissionais.
Você também pode tirar proveito das anotações para aprender melhor. Os flashcards são ótimas opções nessas horas, já que funcionam como lembretes que ficam visíveis em seu local de estudo. Esses pedaços de papel são pequenos e fáceis de guardar, ou seja, dá para levá-los a qualquer lugar.
A proposta é usar os cartões para escrever palavras-chave, citações famosas, fórmulas matemáticas e outros itens relevantes. Dá até para criar um esquema de perguntas e respostas para você resolver com frequência, aproveitando a frente e o verso dos papéis.
8. Mapas mentais
Também estão entre as técnicas de memorização que se baseiam em ícones, desenhos e esquemas. Se você gosta de criar materiais exclusivos, não vai querer deixar essa opção de lado nunca mais. Procure caprichar na variação de cores com lápis e canetas para deixar os mapas bem detalhados.
Um exemplo famoso é a pirâmide alimentar, com suas camadas distintas representadas por produtos e grupos de nutrientes. Os modelos devem conter ramificações, indicações de setas e destaques com vários símbolos para favorecer a compreensão.
A vantagem é que que dá para usar os mapas mentais em diferentes situações e matérias: para conectar acontecimentos da história, associar processos da biologia e até para mostrar a relação entre algumas regras do português.
9. Gravações
Assim como a escrita à mão, a produção de áudios favorece a memorização. Já pensou em criar seus próprios podcasts para ouvir durante a rotina de estudos? Basta pegar o celular e começar a gravar explicações importantes sobre diferentes disciplinas.
O ideal é que as mensagens sejam ditas de cabeça, sem muitos ensaios ou leitura de textos prontos. Dessa forma, você vai melhorando a capacidade de síntese e de comunicação para tornar a apresentação mais redonda e livre de emendas.
Conclusão
Perceba que são muitas alternativas de exercícios para estimular o seu cérebro e favorecer a absorção dos conteúdos, de forma simples e divertida. Vale deixar claro que boa memória não é um dom para poucos, mas uma habilidade possível de ser desenvolvida quando há esforço e dedicação.
Todas essas técnicas de memorização são úteis para quem pretende prestar vestibular, fazer faculdade e até estudar para concursos. Lembre-se de que o tempo de prática ajuda a aprimorar os métodos; então, comece a testar quanto antes para escolher seus favoritos e avançar nos resultados.