Quem nunca se permitiu perder em um olhar curioso para o céu noturno, buscando respostas ou apenas contemplando a imensidão? Foi com essa sede de conhecimento e sonho de explorar o universo que quatro estudantes de Engenharia ABI, do UniFOA, se lançaram em uma aventura única e enriquecedora. No início desse mês, 6 de outubro, João Gabriel dos Santos Dias Moura Matos (2º período) e Thales Lessa Rodrigues, Ualison Silva Florencio e Wellington Pereira de Matos, 3º período, embarcaram em uma viagem ao Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB) e ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em São José dos Campos-SP.
A ida foi um convite do Professor Italo Pinto Rodrigues, atual doutorando no INPE, que entendeu a importância de proporcionar aos futuros engenheiros uma imersão no universo aeroespacial, preparando-os para o renomado Nasa Space Apps Challenge.
No INPE, os estudantes visitaram 3 áreas: o Programa EMBRACE (Estudo e Monitoramento Brasileiro de Clima Espacial), Centro de Controle e Rastreio de Satélites e o Laboratório de Integração e Testes (LIT).
No EMBRACE, os estudantes tiveram contato com os dados gerados pelo Brasil, no que diz respeito ao clima espacial, influenciado significativamente pelo Sol. De acordo com Ualisson perceber a influência do Sol no planeta e entender o papel do Brasil no cenário atual é verdadeiramente inspirador. “Tem muita ciência, engenharia e tecnologia envolvida”.
A experiência foi, sem dúvidas, transformadora. João Gabriel, ao passear pelo MAB, se encantou “É uma viagem no tempo e na história da nossa aeronáutica. Um orgulho ver como o Brasil tem capacidade e potencial no campo aeroespacial.”
No Centro de Controle de Satélites do INPE, os estudantes puderam verificar a operação dos 6 satélites operados pelo Brasil (SCD-1, SCD2, CBERS-4, CBERS-4a, Amazônia 1, Sport). “É muito interessante ver todos os conceitos de física sendo aplicados no rastreio de satélite. A complexidade e precisão do trabalho aqui é incrível.”, comentou Thalles.
Uma das visitas mais esperadas pelo grupo foi ao LIT, maior laboratório de integração e testes do hemisfério sul do planeta. “Ver de perto a infraestrutura e tecnologia necessárias para produzir um satélite, sem dúvidas, expandiu nosso olhar em relação aos caminhos possíveis da Engenharia”, explicou Thalles.
Mas foi ao final da visita que os quatro estudantes tiveram uma experiência única e inesquecível. Puderam ver de perto o Amazônia-1B, o próximo satélite brasileiro, ainda em sua fase de testes. Essa situação, raríssima, trouxe emoção a todos.
“Acredito que o objetivo de apresentar o polo Aeroespacial de São José dos Campos foi atingido e os estudantes puderam vislumbrar a tecnologia de ponta que o Brasil desenvolve para uso pacífico do espaço”, comemorou o professor.