Alunos do sétimo período de Engenharia Mecânica participaram de uma aula prática e exposição de protótipos bólidos com motor do tipo Stirling (que consiste em duas câmaras com temperaturas diferentes, sendo que a dilatação do ar nessas câmaras move um pistão (ou êmbolo), gerando trabalho mecânico. Como não há emissões de poluentes por parte da substância de trabalho – gases ou o ar atmosférico – os motores de Stirling são considerados de ciclo fechado). A aula aconteceu no sábado (04), em frente ao prédio 18, da Engenharia, no campus Três Poços.
O The Stirling Day reuniu 18 alunos e cinco protótipos, que foram construídos em grupos. A atividade constitui parte da disciplina de Sistemas Térmicos, ministrada pelo professor Diniz Félix. “É possível fazer um protótipo em casa e para os alunos é quase que uma brincadeira. Mas eles levam a sério, porque sabem que vale nota e fazendo os alunos podem ver o funcionamento deles”, afirmou o professor. O trabalho faz parte do sistema das avaliações da disciplina e equivale a trinta por cento de uma das notas.
A aluna Crislaine Riguete disponibilizou a oficina da família pra quem tivesse qualquer necessidade com ferramentas e deu sua opinião sobre a aula prática: “Esta é uma atividade de muita importância pra nossa formação, porque as dificuldades nos obrigam a pensar. São muitas tentativas até acertar como uma peça deve ser colocada pra que tudo funcione. Então, a gente tem que estudar e pesquisar muito. Só aprende quem faz”, ela afirmou.
Ao todo, foram feitos cinco protótipos, todos com a mesma descrição: o motor se move pela variação de temperatura, onde uma vela esquenta o pistão pela parte inferior do motor e a água gelada resfria o mesmo na parte superior. Foram utilizados materiais diversos, como latas (refrigerante, energético, atum, extrato de tomate, leite em pó, tinta, solvente, CD, bexiga, bombril, algodão, canos de PVC, arame, com base em madeira). Os protótipos são movidos a álcool.
Segundo a estudante Maria Vitória da Silva de Araújo, as aulas são ótimas, porque eles colocam a mão na massa, literalmente. “A gente consegue aplicar tudo que aprende em sala de aula e isso nos ajuda a ter uma noção melhor, porque nem todos têm experiência com fábrica ou indústria. Muitos ainda não tinham visto um maquinário de perto. E com coisas simples que a gente tem em casa, a gente consegue fazer conformação mecânica”, ela explicou.