Pesquisa desenvolvida no UniFOA resulta em biossorvente sustentável

biossorvente

No cenário atual, onde a busca por soluções sustentáveis para o meio ambiente é cada vez mais urgente, a pesquisa científica se torna um pilar essencial para o desenvolvimento de novas tecnologias. Foi com esse propósito que Karine de Paula, Giovana Ribeiro e Aryele Azevedo, todas egressas do curso de Engenharia Ambiental do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), desenvolveram um biossorvente inovador utilizando fibra de coco. O material, criado durante sua pesquisa acadêmica, tem grande potencial para a descontaminação de efluentes industriais, remoção de metais pesados e tratamento de poluentes. 

O biossorvente é um material biológico capaz de remover contaminantes de soluções aquosas, como metais pesados e corantes, por meio do processo de biossorção. Essa técnica se apresenta como uma alternativa promissora e sustentável para o tratamento de águas residuais, utilizando materiais de baixo custo, abundantes e de fácil obtenção, como resíduos agroindustriais e biomassa microbiana. 

Além de eficiente na remoção de poluentes, os biossorventes oferecem vantagens como sustentabilidade, possibilidade de regeneração e reutilização, além da redução de resíduos sólidos, pois são produzidos a partir de materiais que seriam descartados. 

A inspiração para a pesquisa surgiu da necessidade de desenvolver um produto sustentável e reaproveitável, aliado à preocupação com a contaminação de corpos d’água por substâncias químicas nocivas. Assim, surgiu o conceito do biossorvente feito de fibra de coco, um material biodegradável e amplamente disponível no Brasil. 

“Nós queríamos criar um produto que pudesse ser reaproveitado a partir de um resíduo agroindustrial. Depois começamos a questionar onde ele poderia ser aplicado e pensamos nos diversos incidentes ambientais causados por contaminação em águas. Juntamos essas ideias e chegamos ao biossorvente, feito de fibra de coco, que absorve substâncias químicas prejudiciais ao meio ambiente”, explica Karine. 

O trabalho foi realizado em diversas etapas, exigindo pesquisa aprofundada e experimentação em laboratório. O primeiro passo foi o embasamento teórico, com referências de pesquisas de mestrado e doutorado sobre processos de obtenção de biossorventes. Em seguida, a equipe buscou fontes de matéria-prima: os frutos de coco descartados em estabelecimentos que comercializam água de coco. 

A produção do biossorvente seguiu um rigoroso processo de preparação: 

  1. Coleta da matéria-prima – Obtenção dos frutos descartados. 
  2. Processamento da fibra – Corte do fruto em pequenas partes, extração da fibra, trituração e desidratação. 
  3. Secagem – Preparação do material para o uso como biossorvente. 
  4. Testes laboratoriais – Ensaios para avaliar a eficiência do material na remoção de contaminantes. 
  5. Análises estatísticas – Comparação dos resultados para validar a eficácia do biossorvente. 

Durante dois meses, a equipe se dedicou intensamente à pesquisa, utilizando a estrutura dos laboratórios do Centro Universitário. “Ficamos de segunda a sábado, das 8h às 18h, nos laboratórios, analisando e testando o material. O suporte da professora Cirlene Fourquet, coordenadora dos laboratórios, foi essencial para que pudéssemos avançar com a pesquisa”, destaca Karine. 

Por que escolher a fibra de coco? 

O coco foi escolhido por ser um fruto versátil, amplamente consumido no Brasil e de fácil obtenção. Além disso, sua fibra possui propriedades que favorecem a adsorção de poluentes, tornando-a um excelente material para a biossorção. 

O biossorvente desenvolvido pelas egressas do UniFOA se destaca por ser um produto sustentável e eficaz para o tratamento de águas contaminadas. A pesquisa resultou na patente do material, um marco significativo para a área ambiental e para a trajetória acadêmica de Karine. 

“O sentimento de ver esse trabalho patenteado é indescritível. Foram dias e dias de dedicação, pesquisa, escrita e ajustes. Saber que todo esse esforço valeu a pena e que nosso trabalho pode contribuir para a sociedade é o maior e melhor reconhecimento que um pesquisador pode ter”, celebra Karine. 

Aplicações e perspectivas futuras 

O biossorvente pode ser utilizado em diversas aplicações ambientais, como: 

  • Descontaminação de efluentes industriais; 
  • Remoção de metais pesados da água; 
  • Tratamento de poluentes em corpos hídricos; 
  • Desenvolvimento de produtos sustentáveis, como mantas e travesseiros para absorção de substâncias químicas em emergências ambientais. 

A equipe também estuda formas de comercializar o biossorvente e expandir sua aplicação para indústrias que necessitam de soluções ecológicas no tratamento de resíduos. 

O papel do UniFOA na pesquisa 

O desenvolvimento desse biossorvente reflete o compromisso do UniFOA com a inovação e a sustentabilidade. A infraestrutura dos laboratórios e o apoio dos professores foram fundamentais para que a pesquisa alcançasse esse nível de excelência. 

“A estrutura oferecida pelo UniFOA, aliada ao suporte técnico e docente, nos deu todas as condições para transformar essa ideia em realidade. Sou muito grata por essa oportunidade e pelo incentivo que recebemos para desenvolver ciência de qualidade”, afirma Karine. 

A conquista da patente e a viabilidade do biossorvente mostram o impacto positivo que a pesquisa acadêmica pode ter na sociedade, trazendo soluções inovadoras e sustentáveis para desafios ambientais. 

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Luciana Pereira Pacheco Werneck

Especialização em Gerenciamento de Projetos
Data de admissão: 01/02/2018
Disciplinas lecionadas

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