Nos dias 12 e 19 de novembro, o projeto de Aprendizagem Integrada à Comunidade (AIC) teve seu ciclo de atividades de 2024 encerrado. Desenvolvido pelos estudantes de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), o AIC está integrado à extensão curricularizada, conforme determina a Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, do Ministério da Educação (MEC). Essa normativa estabelece que as atividades de extensão devem compreender, no mínimo, 10% da carga horária total dos cursos de graduação, de forma interdisciplinar.
No dia 12, foram apresentados sete projetos desenvolvidos ao longo de 2024, marcando o fechamento das atividades anuais. No dia 19, outras 12 iniciativas foram divulgadas, ainda em fase de elaboração, e serão adotadas no próximo semestre, dando continuidade ao programa.
Divididos em oito linhas de extensão, os estudantes realizaram um diagnóstico comunitário aprofundado durante o primeiro semestre. A partir dos problemas identificados, planejam e executam intervenções no semestre seguinte. Essa abordagem tem como objetivo não apenas enriquecer a formação dos futuros médicos, mas também promover impacto direto na saúde e qualidade de vida das comunidades atendidas.
O projeto conta com o apoio de 16 professores, que orientam e acompanham os estudantes em encontros semanais, discutindo e planejando as medidas mais adequadas para cada grupo social.
A professora e orientadora Cláudia Yamada Utagawa destacou a importância da curricularização da extensão para o desenvolvimento de competências essenciais. “A criação dos projetos dentro da curricularização da extensão foi pensada com o intuito de desenvolver as habilidades necessárias para que os alunos aprendam a resolver problemas que impactam diretamente a comunidade”, explicou.
Segundo Cláudia, o processo é cuidadosamente supervisionado, garantindo que os estudantes desenvolvam habilidades técnicas e compreendam o papel social da medicina. “Isso agrega muito valor à formação desse futuro médico, que precisa entender o cenário da saúde, da educação em saúde e da gestão, resolvendo problemas com ética e dedicação, além de olhar para as pessoas de forma mais humanizada”, enfatizou.
A formação além da sala de aula
Ao longo da AIC, os estudantes vivenciaram desafios reais da prática médica, fortalecendo os laços entre a universidade e a comunidade local. Os projetos abordaram temas como promoção da saúde e estratégias de prevenção, consolidando o curso de Medicina do UniFOA como um agente de transformação social, formando profissionais conscientes e comprometidos com o bem-estar coletivo.
“O diagnóstico que fazemos reverbera na formação deles como profissionais de saúde e como cidadãos. Esses futuros médicos e médicas terão contato com o mundo real da comunidade, aprendendo a atuar com responsabilidade e empatia”, afirmou o professor e pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Washington Lemos.
A AIC vai além de um projeto acadêmico: é uma ponte entre o conhecimento técnico e sua aplicação prática, unindo a sala de aula à realidade social. Inserido no processo de curricularização da extensão, o programa capacita os alunos para atuarem de forma consciente, ética e comprometida com as demandas da sociedade.
Essa integração fortalece o compromisso social do UniFOA, demonstrando como a extensão universitária pode transformar a formação acadêmica em uma ferramenta eficaz para atender às necessidades reais da comunidade.