O Hospital da Fundação Oswaldo Aranha (H.FOA) realizou, nesta sexta-feira (19), a primeira cirurgia oncológica com a utilização da plataforma robótica Da Vinci X na região, e também a primeira em um paciente privado, que sofria com um tumor de próstata. A FOA anunciou, no início deste mês, a aquisição da plataforma e o início das intervenções cirúrgicas, implantando um avançado sistema robótico que está revolucionando a cirurgia médica em Volta Redonda, Sul Fluminense e todo o Vale do Paraíba. A cirurgia foi um sucesso, o paciente já se encontra no quarto e tem alta programada para pouco mais de 24h.
De acordo com o cirurgião e coordenador do Programa de Cirurgia Robótica do H.FOA, Heitor Santos, as vantagens da cirurgia por robótica são inúmeras:
“O procedimento cirúrgico por robô diminui muito o índice de complicações em intervenções na próstata, como impotência sexual e incontinência urinária, quando comparada à cirurgia convencional ou por videolaparoscopia. A cirurgia foi feita pelo urologista e chefe do Programa de Cirurgia Robótica em Hospital da cidade do Rio de Janeiro e, apesar de ser uma cirurgia delicada, a plataforma Da Vinci X proporciona uma rápida recuperação e alta hospitalar rápida”, explicou.
A cirurgia contou com o acompanhamento do cirurgião Heitor Santos e equipe, e tudo ocorreu dentro do programado:
“A equipe que forma o Comitê Robótico do H.FOA treinou exaustivamente e está altamente capacitada e executar qualquer cirurgia robótica”, ressaltou Heitor, que também opera hérnias da parede abdominal por cirurgia robótica no H.FOA. Ele complementou afirmando que “o paciente foi levado para o quarto e está com alta programada para pouco mais de um dia. Foi mais uma etapa vencida e iniciamos mais uma especialidade na plataforma robótica Da Vinci em toda a região, o que demonstra compromisso com excelência do H.FOA”, salientou.
O H.FOA atende ao Sistema único de Saúde (SUS) e a primeira cirurgia, realizada no início deste mês, saiu de forma gratuita para o paciente, que se submeteu à retirada de uma hérnia abdominal, com grande sucesso. Entre os benefícios da cirurgia robótica estão a maior precisão nos movimentos e tempo de recuperação mais curto, sendo que essa tecnologia permite realizar procedimentos cirúrgicos complexos com resultados aprimorados.
Estando na vanguarda da região Sul Fluminense, o Hospital da FOA tem a plataforma Da Vinci X instalada entre Guarulhos e (SP) e Duque de Caxias (RJ), com a projeção de ser amplamente utilizada em quase todas especialidades cirúrgicas, que vão do cérebro ao abdômen, sendo as principais: próstata, rim e hérnias abdominais. Isso representa um avanço significativo na cirurgia moderna e minimamente invasiva.
Para o diretor do H.FOA, Leonardo Prado, a cirurgia robótica oferecida pelo hospital – também através do SUS -, mostra a democratização do acesso à tecnologia disponível nos melhores hospitais do mundo:
“Temos uma equipe capacitada para o uso da plataforma Da Vinci X, após intenso treinamento e obtenção da certificação. Sabemos que o investimento inicial da tecnologia robótica é alto, mas se levarmos em conta o tempo reduzido de internação e a diminuição das complicações decorrentes do procedimento, a economia será significativa por meio da menor carga sobre os recursos hospitalares”, complementou.
Como está a cirurgia robótica no Brasil
Segundo dados da Associação Médica Brasileira, a cirurgia robótica cresceu, em 5 anos, 417% no Brasil e a previsão é que o custo cirúrgico deverá cair para os pacientes por conta da chegada de mais robôs em território brasileiro. Embora ainda restrita a poucos centros médicos no país — quase todos na rede privada —, a cirurgia robótica vive um momento de expansão inédita no Brasil, com o aumento do número de equipamentos.
Ainda de acordo com os hospitais que oferecem a técnica, o aumento da concorrência está permitindo redução de 30% a 50% no custo do procedimento para o paciente e deverá ampliar o número de estabelecimentos de saúde que realizam operações com auxílio de robô. Nos últimos cinco anos, o número de robôs cirúrgicos dobrou no país, passando de 51 em 2018 para os atuais 111.