Na última segunda-feira, dia 20, o Centro Histórico foi palco de uma importante celebração: os 30 anos da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) e também comemoração em alusão ao dia do assistente social , comemorado no dia 15 de maio. O evento, realizado no Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), reuniu profissionais da área e acadêmicos de Serviço Social para refletir sobre as conquistas e desafios enfrentados ao longo dessas três décadas.
Durante o seminário foram realizados três painéis, cada um abordando aspectos relevantes da assistência social. O primeiro painel abordou a Política de Assistência Social e Serviço Social: Avanços e Desafios à Concretização da Cidadania, apresentado pela assistente social, doutora e mestre Viviane Pereira da Silva, do Programa de Política Social da Universidade Federal Fluminense (UFF).
A assistente social e secretária executiva do Conselho Municipal de Assistência Social, Camem Brandão, falou sobre o Percurso Histórico e Controle Social na Política de Assistência Social em Volta Redonda.
“A assistência social mudou o paradigma de caridade para política pública. Então, isso é importante porque as pessoas ainda precisam se acostumar a ver a assistência enquanto uma política pública, como saúde, educação e não só como filantropia, como benesse que era visto antigamente”, disse Carmem.
Já diretora do Departamento de Vigilância Socioassistencial da Smas, Thais de Oliveira, apresentou os Impactos da Pandemia e Demandas no Campo da Assistência Social. (Des)Proteção Social.
Thais ressaltou a importância de desenvolver senso crítico nos alunos em relação à política pública, indo além da visão meramente caritativa. O histórico da assistência social em Volta Redonda, a participação social e os reflexos da pandemia nas intervenções dos profissionais também foram discutidos.
“Temos a pretensão de desenvolver nos alunos senso crítico sobre a política pública, e não apenas que a entendam como algo meramente voltado a ações de caridade.” afirmou Thais.
Para a professora e coordenadora do Curso de Serviço Social, Karin Escobar, o seminário proporcionou visibilidade à política de assistência social como um direito público. Ela destacou a relevância da Secretaria Municipal de Assistencia Social (Smas) na absorção de estudantes recém-formados e enfatizou que trinta anos é apenas o começo dessa trajetória, buscando desmistificar a assistência como mera filantropia.
“O assistente social tem um papel central tanto no processo de formulação da Lei orgânica e também atuando nessa política pública, nessa rede de atenção que não conta só com o assistente social, conta com várias outras áreas de graduação, mas com assistente social com uma importante relevância” disse.
O acadêmico do 8º do curso de Serviço Social, Yuri Willion, comentou que participar do seminário é positivo, pois além de abrir um novo horizonte, vai prepará-los para o mercado de trabalho, pois contribui para sua atuação.
“Eu penso que é uma oportunidade muito, muito rica para a nossa trajetória profissional, tendo em vista que nós estamos no último ano desse processo de formação profissional e poder dentro desse processo partilhar esse tema que é tão importante para a nossa área e com outros profissionais que já tem uma atuação consolidada nessa área é maravilhoso”, disse Yuri.
A secretária municipal de Assistência Social, Rosane Marques, falou sobre a importância da integração ente as ações da assistência social no município. “A Lei Orgânica da Assistência Social, em seus 30 anos, trouxe ações da assistência como um padrão de trabalho. Aproveitamos esse momento para integrar essas ações cada vez mais em uma parceria importante entre o acadêmico, nossa rede de atenção às pessoas da assistência e todos os nossos profissionais, que se unem para atender cada vez melhor a população de Volta Redonda”.
O deputado estadual Munir Neto parabenizou os profissionais envolvidos na iniciativa e falou da importância da constante criação de ações na assistência social. “Quando eu entrei na Secretaria de Assistência Social em 2005, a nova política de assistência estava sendo criada e de lá pra cá muita coisa foi feita. Hoje Volta Redonda é a cidade do Brasil que tem mais equipamentos para a assistência social. Contamos também com entidades filantrópicas que prestam serviços de excelência e diversos conselhos de direito fortes, como o da Pessoa com Deficiência, o da Pessoa Idosa, o Conselho da Criança e do Adolescente, entre outros. Além disso, a população de Volta Redonda colabora e acredita no nosso trabalho, participando das atividades, projetos e programas voltados ao tema”.