A neurociência, área do conhecimento que se dedica a compreender os mecanismos biológicos e estruturas cerebrais, vem ganhando cada vez mais espaço na educação, visto que as descobertas nesse campo podem ajudar a compreender os princípios da aprendizagem humana. A neurociência proporciona ferramentas que permitem aos educadores entender o processo de aprendizagem, considerando as necessidades dos alunos, e desenvolver estratégias de ensino mais eficientes.
Nesse ponto de vista, Sônia Moreira, professora do curso de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA) teve uma contribuição grandiosa na elaboração do livro “Neurociências: um instrumento teórico epistemológico e metodológico interdisciplinar”. A convite da doutora e professora Cristina Novikoff, ela escreveu o capítulo “AS NEUROCIÊNCIAS, A VIDA E A MORTE HUMANIZADA”, que fala sobre a relação da neurociência com o processo de humanização da morte, que foi o principal objeto de estudo pela professora nesse recorte do livro.
A proposta do livro, organizado pela professora Cristina, além dos professores Carlos Alberto Schettini, Márcio Vieira Xavier, Sérgio Pavanelli e Tigernaque Pergentino surgiu nas discussões instigadas ainda em 2021, nas aulas do curso de Psicopedagogia Escolar do CEP/FDC. O livro contempla várias temáticas, como a neurobiologia do estresse pós-traumático até a relação entre memória, cognição e consciência, bem como funções executivas e regulação emocional, além de aprofundar sobre os efeitos provocados pela neurociência na resiliência emocional, na tecnologia em diferentes ambientes e na aprendizagem:
“A aprendizagem é um processo complexo que envolve criar, fortalecer ou modificar sinapses, região de conexão entre neurônios onde há troca de informações entre essas células. Dessa forma, adquirir novas habilidades ou um novo comportamento sempre gera uma modificação no cérebro. Essas capacidades de se modelar e remodelar são aspectos que conhecemos como plasticidade cerebral, ou neuroplasticidade, que acontece pela neurociência”, destacou Sônia Moreira, sobre os impactos que podem ser causados pela neurociência na vida de cada indivíduo.
Explorando as consequências da neurociência na vida e na morte humanizada, a professora Sônia ao longo do seu capítulo escrito no livro, aprofundou conceitos como atenção, memória e emoção como agentes intercessores no processo de aprendizagem, que também dialogam diretamente com as funções executivas, especialmente no curso de Medicina para tratar do tema.
Ainda segundo a docente, a neurociência proporciona ferramentas que permitem aos educadores entender o processo de aprendizagem, considerando as necessidades dos alunos, e desenvolver estratégias de ensino mais eficientes. Essa área tem se expandido e vem ganhando bastante espaço na educação, já que as descobertas nesse campo podem ajudar a compreender os princípios da aprendizagem humana:
“Reforço a alegria de poder trazer o tema ‘as neurociências, a vida e a morte humanizada’, exatamente no sentido de que uma formação humana se dá de forma integral, e nesse olhar, a morte ensina a quem parte e a quem acompanha a partida e isso é educação. No curso de Medicina do UniFOA, pelas humanidades, apresentamos aos nossos discentes exatamente o processo ‘vida e morte e suas nuances’, de forma que eles possam internalizar em sua formação médica os conhecimentos acerca das emoções e suas possibilidades mesmo diante dos desfechos não desejados”, completou Sônia, reforçando a satisfação em disseminar seus conhecimentos desse âmbito científico por meio da oportunidade de escrever um capítulo do livro.