Na tarde desta terça-feira (27), a Fundação Oswaldo Aranha – FOA, por meio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio– CIPA+A, promoveu, encerrando a campanha do “Fevereiro Roxo”, uma palestra de conscientização sobre o Alzheimer. A comissão reuniu funcionários da Fundação no Centro Histórico Cultural Dauro Aragão, no Campus Universitário Olezio Galotti, em Três Poços, e convocou Fabiano Delesposte, mestre em Enfermagem e professor do curso no Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA de 2003 a 2014 e 2018 em diante, que abordou as principais formas de prevenção, diagnóstico, prejuízo e formas de tratamento da doença.
O Alzheimer é neuro-degenerativo e afeta fortemente as funções cognitivas, que ocasiona a redução das capacidades de convívio na sociedade, causando prejuízos, nos piores casos, até mesmo nas relações familiares. A doença é a causa mais comum de demência – um grupo de distúrbios cerebrais que provocam a perda gradual de habilidades intelectuais e sociais.
O público mais afetado está entre os idosos. Mais de 1 milhão de pessoas com mais de 60 anos de idade, cerca de 6% da população idosa do Brasil, convivem com esse transtorno, segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).
Ao longo da iniciativa, Fabiano, que atua na área de emergência psiquiátrica, promoveu a participação ativa dos funcionários, para que toda a explicação acerca das suas particularidades fosse clara e certeira. Em tom interativo de conversa, esclareceu, inicialmente, que a possibilidade de qualquer pessoa desenvolver a doença é maior, caso tenha algum familiar próximo com a enfermidade, pois o indivíduo pode ter herdado alterações genéticas que provocam seu desenvolvimento.
Ele também apontou fatores cotidianos que podem influenciar na sua formação. A falta de exercícios de raciocínios e físicos, alimentação desbalanceada e o sono desregulado são, por exemplo, segundo o especialista, fatores que implicam no favorecimento desse e de muitos outros problemas de saúde:
“O planejamento pelas práticas mentais, físicas, e da alimentação saudável são indispensáveis para a prevenção do Alzheimer e de diversos outros problemas. Caso a pessoa não tenha o hábito de se exercitar minimamente e realizar atividades que alimentem aspectos relacionados à memória, ela pode favorecer o estabelecimento da enfermidade futuramente. A alimentação precisa ser rica em vitaminas, sobretudo a vitamina B, para que ela seja evitada desde a vida a adulta”.
O diagnóstico deve ser feito por exame clínico, através de uma consulta com um neurologista ou psiquiatra, por meio de um teste de memória recente. As formas de tratamento são paliativas pois, como é uma doença degenerativa, ela apenas avança com o passar do tempo. Mas, por meio de medicamentos e redes de apoio, os pacientes podem ter uma vida menos impactada por suas consequências:
“Vimos aqui, hoje, que é muito importante o diagnóstico correto da doença, por meio da ida ao médico especialista. Apesar de ser uma doença não retrógada, nos conscientizamos de que o paciente também precisa seguir a medicação correta, para prolongar sua saúde e minimizar os problemas causados pelo Alzheimer, além da base das redes de apoio, que é fundamental”, declarou Edmar Junior, auxiliar de escritório da FOA, enfatizando os principais tópicos abordados na palestra.
A rede de apoio, sobretudo familiar, é primordial na parte do tratamento e diagnóstico. Caso exista algum membro próximo da família que apresente falha de memória recente constantemente, procure o setor especializado nas unidades de saúde para entender a atual situação dos possíveis sintomas. Tão vitais quanto são as ações que divulgam esclarecimento acerca da doença, no intuito de que cada vez mais pessoas compreendam os riscos e atitudes de prevenção e cuidado a se ter com esse transtorno tão delicado:
“Transmitir tudo o que foi discutido aqui é um compromisso que a nossa instituição tem com cada um dos nossos funcionários. Notamos, tanto na nossa casa, como no nosso trabalho, pessoas que apresentam esquecimento recente de acontecimentos, mas muitos não estão cientes das melhores formas de agir. Esse é o grande impacto dessa iniciativa desta tarde, pois busca policiar e atingir o número máximo de pessoas quanto à conscientização”, afirmou Juliano de Sá, presidente da CIPA+A, organizadora do evento, salientando os impactos de disseminar tópicos básicos sobre o Alzheimer.